sábado, 17 de março de 2012

ANIMAIS DOMÉSTICOS NAS EMERGÊNCIAS (por: Fabian Missiano)





"Em tempos críticos, como os atuais, é recomendável organizar um plano para proteger os animais domésticos
em situações de emergência, principalmente criando para eles, dentro do possível, um lugar seguro.
Com antecedência, obtenha informações de veterinários e de outros técnicos sobre procedimentos específicos
a seguir com a espécie a que pertencem os animais que convivem com você.

Caso em meio a um desastre você seja obrigado a abandoná-los, evite deixá-los em cômodos
em que haja objetos ou plantas penduradas, quadros nas paredes ou outras coisas capazes de oferecer-lhes perigo.
Considere a possibilidade de deixa-los na área de serviço ou em outro ambiente arejado, com água e ração.
Dê preferência a ração seca e a recipientes bem limpos e resistentes.

Se nessas situações de emergência lhe couber lidar com animais desconhecidos, redobre os cuidados,
pois sob a pressão do perigo eles podem ter reações violentas.

Os animais, sobretudo os cães, manifestam grande alegria em servir ás pessoas que eles amam, principalmente quando há necessidade de sua ajuda. Na fase em que estão sendo adestrados, é bom que tenham um referencial claro, mediante atitudes firmes e amorosas daquele que os educa. Assim como nós, devem ser preparados
para agir com autonomia e eficiência diante de qualquer perigo.

Sob ameaça de tempestade, traga seus animais para dentro de casa. Eles possuem instinto aguçado para detectar fenômenos naturais e costumam procurar abrigo ao sentir medo. Traze-los para dentro a tempo pode evitar que fujam. Jamais deixe um animal preso fora de casa durante uma tempestade. Como medida preventiva, separe gatos, cães e outros animais, mesmo que tenham habito de conviver sem se agredirem, pois em estado de ansiedade sua irracionalidade tende a aumentar.
Lembre-se, também, de que objetos familiares costumam ser para eles indício
de que o dono está por perto, e sua presença pode acalmá-los..

Se ao evacuar uma área você puder levar os animais, não se esqueça dos seus medicamentos e alimentos.
No trajeto, procure proporcionar-lhes segurança e conforto.
Gaiolas, por exemplo, podem ser cobertas com panos para evitar luz excessiva.

Nos primeiros dias após uma catástrofe, é melhor manter-se perto dos animais domésticos, pois podem sentir-se desambientados e perturbados. Além disso, o cuidado humano pode colocá-los a salvo de vários danos prováveis em meio a desastres: as águas de uma enchente, por exemplo, podem trazer cobras e outros animais peçonhentos,
e também cobrir fios elétricos que provocam choques.

Em épocas de caos, caminhos novos se abrem para todos; portanto, estejamos atentos ás oportunidades inusitadas de aprendizado e de serviço que sempre surgem. Quem ainda não presenciou a ajuda de um cão a seu dono? Não é exagero esperar a colaboração de certos animais em momentos críticos. E nós? Que podemos fazer por eles, que também se angustiam, sofrem e até desencarnam em catástrofes? Muitos têm tão aguçada premonição
que nos informam de perigos antes de acontecerem.

Neste especial momento em que a natureza reclama maior atenção e respeito por tudo o que a compõe, cabe nos repensar nossos valores e corrigir ações. Da mesma forma que nós, os animais estão neste planeta para evoluir. Qualquer contato amoroso com um ser humano é um impulso evolutivo para eles; por isso, os animais vão ficando cada vez mais sensíveis aos estímulos advindos do ser humano e começam a despertar para o mundo do pensamento.


Por não terem ainda a intelectualidade desenvolvida, os animais não determinam os rumos da própria evolução.
A humanidade exerce, portanto, influencia marcante no seu progresso e direção. "

Capítulo extraído do livro:

Ação Imediata em Emergências

Fabian Missiano (org) pgs. 91 e 92.
Ed. Cultrix-Pensamento - 199

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